O Ibovespa (IBOV) acompanhou a aversão a risco de Wall Street, além da reação à derrota do governo no Congresso e o avanço da inflação em setembro.
Nesta quinta-feira (9), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,31%, aos 141.708,19 pontos.
No cenário doméstico, os investidores seguiram concentrados no cenário fiscal.
Na noite de ontem (8), o governo sofreu uma derrota na Câmara dos Deputados com a aprovação de um requerimento que retirou de pauta a Medida Provisória 1.303, que tratava da taxação de aplicações financeiras. Com isso, a proposta perdeu a validade. Na prática, o texto foi rejeitado sem sequer ter sido analisado seu mérito.
Em resposta ao Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que apresentará várias alternativas de medidas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a derrota.
Lula também disse que discutirá como o sistema financeiro pode pagar o imposto devido na próxima semana como alternativa à MP da Taxação, em entrevista à rádio Piatã, da Bahia, na manhã desta quinta-feira (9).
Entre os dados, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,48%, após deflação de 0,11% em agosto, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta acumulada em 12 meses passou de 5,13% em agosto para a 5,17%, afastando-se do teto da meta contínua do Banco Central — de 3,0%, medida pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Apesar dos avanços, os números ficaram abaixo das expectativas. De acordo com os economistas ouvidos pela Reuters, o IPCA registraria alta de 0,52% no mês e de 5,22% em 12 meses.
Na avaliação de economistas, o avanço do IPCA não altera o cenário de manutenção da Selic a 15% até o final deste ano.
MoneyTimes