Não durou muito a alegria de ontem. Hoje, o Ibovespa voltou a cair, agora com 1,02%, aos 135.767,29 pontos, uma perda de 1.397,32 pontos, a sexta derrota nos últimos oito pregões, ou quase 2 mil pontos perdidos.

 

O dólar comercial emendou a segunda alta seguida e foi a R$ 5,554, com mais 0,63%. Os DIs (juros futuros) não mudaram a performance dos últimos dias e fecharam mistos mais uma vez.

 

IOF aumenta pressão no Ibovespa

 

Nesta quarta-feira, não dá para culpar guerra, exterior ou qualquer ator que não fale português: foram nossos problemas domésticos que complicaram o apetite por risco no Brasil. O principal: o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, pautou para hoje a votação do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que revoga o decreto do governo Lula com o aumento do IOF.

 

O movimento derrubaria as regras que estão em vigor desde a publicação do decreto, impactando diretamente operações de crédito, câmbio, previdência privada e antecipação de pagamentos a fornecedores (risco sacado).

 

Tanto quanto os problemas fiscais, a decisão de Motta surpreendeu o governo e expôs ainda mais a fratura na relação entre o Legislativo e o Executivo. Com os dois poderes sem se entender, tudo pode acontecer. Para piorar, o presidente Lula voltou a criticar o empresariado, dizendo que eles deviam deixar os interesses de lado em prol da economia.

 

Enquanto isso, Brasil registrou déficit em conta corrente de US$ 2,93 bilhões em maio, menor que esperado; e a Fitch reiterou rating do Brasil em ‘BB’ com perspectiva estável.

 

Infomoney