Mais uma vez, a semana do café foi marcada pelas preocupações com a Ásia. O Vietnã continua com participação restrita no mercado e a alta do robusta também dá suporte de valorização para o arábica.

O momento, segundo analistas, continua sendo de boas oportunidades para o produtor brasileiro, nas travas e principalmente na relação de troca visando a próxima safra. A sexta-feira, no entanto, foi marcada por forte reajuste nos preços após uma semana intensa de valorização. 

O contrato referência na Bolsa de Nova York encerrou com 180 pontos, negociado por 188,85 cents/lbp. Em comparação com a semana passada, os preços avançaram 1,95%. Em Londres, maio/24 teve alta US$ 80 por tonelada, cotado por US$ 3396 por tonelada, o que significa uma alta de 3,60% no acumulado semanal. 

O mercado também continua monitorando as condições climáticas no Brasil. Até aqui, as principais origens produtoras registraram boas condições para o desenvolvimento da safra que deve ter início nas próximas semanas. O calorão da semana passada, levanta, no entanto, dúvidas em relação à maturação do fruto. A expectativa é que a safra de arábica do Brasil seja adiantada em importantes municípios produtores do país. 

O país tenta se recuperar das quebras dos últimos anos e a expectativa é que a safra que começa nas próximas semanas tenha volumes mais significativos. E apesar dos desafios e as incertezas climáticas, lideranças do setor afirmam que o Brasil tem uma grande oportunidade daqui pra frente, inclusive com a abertura de novos mercados. Depois do susto com seca e geada, o produtor que estava resistente em participar do mercado vem aproveitando o bom momento das últimas semanas.