Mercado de Grãos

03 12 2021

Soja e derivados disparam nesta 6ª e acumulam bons ganhos na semana

O mercado do complexo soja vai terminando a semana de olho nas condições de clima da América do Sul, em especial à Argentina e adicionando um importante prêmio de risco aos preços.

O mercado do complexo soja vai terminando a semana de olho nas condições de clima da América do Sul, em especial à Argentina e adicionando um importante prêmio de risco aos preços. Na Bolsa de Chicago, depois de subir mais de 5% no último mês, as altas nos primeiros dias de dezemmbro entre os futuros do farelo passam de 2%. Somente no pregão desta sexta-feira (3) na CBOT, o derivado subiu quase 3% e o óleo, quase 2%. 

O calor é intenso na Argentina e aumenta consideravelmente a evapotranspiração nos campos de soja, podendo comprometer sua produtividade. As províncias centrais são as que mais sofrem com as temperaturas muito elevadas e com os baixos índices de umidade do solo. 

O Informe Climático Semanal da Bolsa de Cereales de Buenos Aires mostra que boa parte do país deverá registrar um aumento ainda mais forte das temperaturas nos próximos dias e que as previsões sinalizam ainda a passagem de um frente que pode levar chuvas moderadas em parte das regiões produtoras, como áreas do Pampa, oeste do Chaco, enquanto outras áreas deverão receber apenas volumes limitados. 

O mapa abaixo, do reporte da bolsa, mostra que as temperaturas em algumas regiões de produção poderiam alcançar algo entre 35ºC e 40ºC. 

Na sequência, o mapa mostra - para o período de 2 a 8 de dezembro - chuvas bastante manchadas, sem regularidade e de volumes limitados, o que agrava ainda mais o cenário do calor intenso.

Para o intervalos do dia 9 a 15, as previsões indicam mais dias de precipitações escassas na maior parte das áreas agrícolas, uma queda tardia de temperaturas. "Não há precipitações significativas no radar para os próximos 15 a 20 dias", frisa o diretor da Pátria Agronegócios, Matheus Pereira. 

Assim, embora novembro tenha terminando com um saldo hídrico positivo para algumas regiões de produção da Argentina, o calor excessivo pode neutralizar essa condições e agravar as preocupações entre os produtores locais. Assim, em um segundo ano de La Niña, as atenções estão redobradas.

"A falta de umidade e chuvas abaixo da média, mesmo com recuperações pontuais, serão condições com as quais teremos que conviver pelo menos até depois da primeira quinzena de janeiro de 2022", traz uma matéria do portal local Revista Chacra.

NO BRASIL

Para o Brasil, as preocupações mais sérias se dão sobre a região sul, em especial o Rio Grande do Sul. O estado já registra perdas de até, segundo algumas consultorias privadas, de 20% da safra de milho verão por conta da falta de chuvas. E as previsões seguem mostrando que os próximos dias deverão ser também de tempo quente e seco. 

Conforme explicou o meteorologista do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), Francisco de Assis Diniz, em entrevista ao Notícias Agrícolas, as chuvas rápidas que podem aparecer na faixa leste do sul do país, a partir da noite do domingo (4), são insuficientes para resolver as questões de falta de umidade, o que pode agravar a situação do estado gaúcho. 

Além do Rio Grande do Sul, mais áreas preocupam, já inclusive tendo registros de replantio, como o Paraná. O boletim agrometeorológico do IDR-Paraná de novembro mostra clima mais seco na maior parte do Estado, com algumas áreas registrando chuvas acumuladas de menos de 50 mm. 

"Em praticamente todo o Estado as precipitações ficaram abaixo da média histórica, principalmente no oeste paranaense. Em Guaíra, por exemplo, a média histórica é de 196,6 mm e choveu somente 32,6 mm, ficando 164 mm abaixo do esperado para o mês de novembro. Na média de todas as regiões, no mês de novembro chove 152 mm no Paraná (média histórica) e em novembro deste ano choveu apenas 69 mm.

IMPACTOS SOBRE CHICAGO

Com as preocupações se intensificando, a reação dos preços da soja e de seus derivados na Bolsa de Chicago é instanânea. Somente no pregão desta sexta-feira, as altas entre os futuros do grão foram de 20,50 a 23 pontos nas posições mais negociadas. O janeiro/22 voltou a US$ 12,67 e o maio/22, referência para a safra brasileira, a US$ 12,78 por bushel. 

"O mercado veio na esteira dos derivados e do clima na América do Sul", afirmou o diretor da Pátria. Assim, na semana, as altas acumuladas passam de 1% em ambos os contratos. 

Os preços vieram se recuperando, com respaldo principalmente das adversidades climáticas observadas e das previsões desfavoráveis, das baixas promovidas pela interferência do financeiro, que sentiu forte o impacto das notícias sobre a variante ômicron do coronavírus. 

Fonte:
 Notícias Agrícolas

 

Mercado de Grãos
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