Mercado de Grãos

07 Out 2021

Conab estima safra de milho verão 21/22 maior e ciclo total com 116,3 milhões de toneladas

Para a 1ª safra de verão, a entidade estimou o plantio de 4,414 mi/ha, aumento de 1,6%. Já a produção foi projetada em 28,327 mi/to, aumentando assim 14,5% em comparação ao exercício anterior.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu primeiro boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para a temporada 2021/22 e trouxe dados sobre as três safras de milho, além de projeções sobre oferta e demanda brasileiras.

Para a primeira safra de verão, a entidade estimou o plantio de 4,414 milhões de hectares, o que representaria um aumento de 1,6% com relação ao que foi semeado na safra verão 2020/21. Já a produção foi projetada em 28,327 milhões de toneladas, aumentando assim 14,5% em comparação ao exercício anterior.

“A semeadura do milho de primeira safra, para a temporada 2021/22, indica que deverá ser marcada pela continuidade dos efeitos do fenômeno La Niña, caracterizada pelo atraso e inconstância das condições climáticas, devendo apresentar certa similaridade com o que ocorreu no início do plantio da safra anterior”, destaca a publicação.
 

Para o total do ciclo 21/22, a Conab espera plantio de 20,865 milhões de hectares, o que seria um aumento de 4,7% em relação a temporada 20/21, e uma produção tendo elevação de 33,7% e chegando as 116,313 milhões de toneladas, somando-se a safra verão 21/22, a safrinha 22 e a terceira safra 22.

Terceira Safra 2020/21

Para as lavouras de terceira safra que ainda estão na reta final de ciclo, a Conab aponta que o plantio foi realizado em 564,4 mil hectares e deve resultar na produção final de 1,535 milhão de toneladas, uma redução de 16,8% com relação à terceira safra cultivada em 2020.

“A produção foi duramente afetada pelas condições climáticas nos diversos estados produtores”, aponta o relatório.

Segunda Safra 2020/21

Com o encerramento dos trabalhos de colheita no Brasil, a publicação consolida a produção da safrinha 2021 em 60,7 milhões de toneladas, uma redução de 20% com relação à segunda safra colhida em 2020.

“Os números mostraram a forte influência dos efeitos do clima ao longo deste ano no país, no desenvolvimento das lavouras. Chuvas no primeiro trimestre do ano, bastante generosas em algumas partes do Brasil, especialmente na região do Matopiba, porém escassas na Região Centro-Sul, com precipitações abaixo da média. No período final da colheita, as lavouras foram ainda surpreendidas pela ocorrência de geadas, comprometendo ainda mais os níveis de produtividade”, explicam os técnicos da Conab.

Oferta e Demanda 20/21

Diante destes cenários, a expectativa da Conab para a produção total da safra 2020/21 subiu para 87 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 15,1% com relação ao ciclo 2019/20. O número é maior do que as 85,7 milhões de toneladas estimados no relatório de setembro e do que a 86,7 milhões estimadas em agosto, mas menores do que as projeções dos relatórios de julho (93,4 milhões), junho (96,4 milhões), maio (106,4 milhões), abril (109 milhões) e março (108,1 milhões). 

A projeção do consumo interno elevada das 70,9 milhões de toneladas divulgadas na publicação de setembro para 73,7 milhões de toneladas, um incremento de 3,3% comparado à 19/20. 

Já a projeção de importação segue sendo de 2,3 milhões de toneladas. Vale destacar que, segundo Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, somente no período de janeiro à setembro, o Brasil já importou 1.634.865 toneladas de milho, um aumento de 221,5% com relação ao mesmo período de 2020.

Para as exportações, a Conab aponta projeção de 22 milhões de toneladas, após estimar em 23,5 milhões no reporte divulgado em setembro. De janeiro à setembro o Brasil já exportou 12.822.870 toneladas de milho, número 22% menor do que o mesmo período do ano anterior.

Sendo assim, o estoque final em 2020/21 deverá ser de 6,9 milhões de toneladas, redução de 34,3% em comparação a safra anterior, maior do que as últimas projeções de 5,8 milhões em setembro, 5,1 milhões em agosto e 5,5 milhões em julho, mas menor do que os números esperados em junho (7,6 milhões) e maio (10,9 milhões).

“Este arranjo é explicado, principalmente, pela redução da produção total de milho causada pela menor disponibilidade hídrica durante o desenvolvimento das lavouras de segunda safra”, diz a Conab.

Oferta e Demanda 21/22

Para o novo ciclo do milho, a Conab espera a produção de 116,3 milhões de toneladas diante de um aumento de 28% na produtividade das lavouras. O consumo esperado para esta nova temporada é o mesmo da anterior, com 73,7 milhões de toneladas.

Já as importações devem cair 61% para a nova safra e ficar em apenas 900 mil toneladas. Esta redução se dá “diante da expectativa de aumento da disponibilidade do cereal no mercado nacional em 2022”. Do lado das exportações, a publicação aponta 39 milhões de toneladas embarcadas em 21/22.

Como resultado deste cenário, o estoque final deverá ser de 11,5 milhões de toneladas, o que “indica a continuidade do processo de recuperação da disponibilidade interna do cereal destinada a atender a demanda no período da entressafra brasileira”.

Fonte:
 Notícias Agrícolas

 

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