Macroeconomia | |
O Ibovespa firmava-se no azul e renovava máxima histórica na tarde desta quinta-feira, acima dos 119 mil pontos, embalado pela forte alta das ações do setor financeiro, com os papéis do Banco do Brasil à frente, avançando mais de 4%.
Às 16:34, o Ibovespa subia 0,9%, a 119.462,31 pontos, depois de ter atingido o recorde mais cedo de 119.497,09 pontos. O volume financeiro somava 18,4 bilhões de reais.
De acordo com o analista Régis Chinchila, da Terra Investimentos, a reação do Ibovespa reflete principalmente a recuperação dos papéis de bancos, após quedas recentes, que deixaram os preços mais atrativos.
Chinchila também chamou a atenção para a proximidade da safra de balanços no Brasil, que pode gerar mais interesse de compradores para o médio prazo. A Cielo abre a agenda das empresas do Ibovespa na próxima semana.
Nesse contexto, ajudavam comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista ao Valor Econômico, de que a inflação mais alta de 2019 não influenciou a tendências de preços e que os núcleos dos índices têm permanecido relativamente estáveis.
O fôlego na bolsa paulista também foi endossado pela melhora externa, após a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmar que o novo coronavírus que surgiu na China e se espalhou para vários outros países ainda não constitui uma emergência internacional, mas está acompanhando sua evolução "a cada minuto".
Em Wall Street, o S&P 500 tinha oscilação negativa de 0,01%.
Mais cedo, o Ibovespa chegou caiu 1,25%, para 116.905,95 pontos, no pior momento, pressionado pela cautela no exterior com o novo vírus na China, particularmente possíveis implicações da doença sobre a economia global.
DESTAQUES
- BANCO DO BRASIL subia 4,7%, em sessão de recuperação nas ações de bancos e na esteira de reportagem do Valor Econômico de que o BB deve escolher um parceiro para a gestora de fundos da instituição, a BBDTVM, até a junho. ITAÚ UNIBANCO PN avançava 2,8% e BRADESCO PN ganhava 3%. No ano, esses papéis acumulam perdas de cerca de 3%, 7%, e 4%, respectivamente.
- B3 ON apreciava-se 3,7%, seguindo endossada por expectativas favoráveis para o mercado de capitais brasileiro diante do cenário de juros baixos no país e previsões de retomada da economia nacional, o que deve se refletir em aumento nos volumes negociados na operadora de infraestrutura de mercado.
- AMBEV ON perdia 1,8%, tendo de pano de fundo comentários do ministro da Fazenda, Paulo Guedes, em Davos, de que pediu à sua equipe estudos para a criação de um imposto sobre 'pecados', mencionando cigarros, bebidas alcoólicas e alimentos com adição de açúcar como potenciais alvos.
- BRASKEM PNA avançava 5,7%, na sexta alta seguida, ampliando os ganhos de janeiro para cerca de 28%, após terminar 2019 com declínio de 35%. A recuperação coincide com o acordo assinado entre a petroquímica e autoridades em Alagoas, que, entre outros pontos, garantiu a restituição de 2 bilhões de reais ao caixa da companhia. A Empíricus recomendou a compra das ações em relatório a clientes.
- VALE ON caía 1%, contaminada pelo declínio dos preços do minério de ferro na China. BRADESPAR, holding que concentra investimentos na Vale, perdia 0,8%. Papéis do setor de mineração e siderurgia na bolsa, contudo, mostravam comportamento divergente, contrabalançando o efeito externo e apostas de reajuste nos preços do aço no mercado brasileiro. USIMINAS PNA subia 3,2%, enquanto CSN ON perdia 0,3% e GERDAU PN recuava 1%.
- PETROBRAS PN avançava 1,3%, enquanto PETROBRAS ON subia 0,3%, apesar do declínio do petróleo no exterior e da oferta secundária de ações ordinárias da empresa que deve ser precificada em 5 de fevereiro.
- CARREFOUR BRASIL ON <CRFB3.SA> valorizava-se 2,3%, após divulgar alta de 11,4% nas vendas brutas do quarto trimestre ante mesma etapa de 2018, para 16,84 bilhões de reais. Os números excluem vendas de combustíveis.
- GOL PN valorizava-se 4,3%, no segundo pregão seguido de recuperação, após perda de quase 3% na terça-feira, ampliando a alta acumulada no mês para mais de 5%. A fraqueza do dólar em relação ao real e o declínio dos preços do petróleo colaboravam com a alta. AZUL PN ganhava 2%.
- OI ON, que não está no Ibovespa, disparava 9,2% em meio a especulações relacionadas à venda de sua participação na angolana Unitel. De acordo com o colunista Lauro Jardim, de O Globo, a petrolífera Sonangol, também de Angola, pagará 1 bilhão de dólares pela fatia de 25% da Oi na Unitel. Procurada pela Reuters, a Oi disse que não comentaria a notícia.
Macroeconomia | |
↪ |
Dólar à vista fecha em alta de 1,21%, a R$5,1835 na venda
15 Abr 2024
Após dados do varejo dos EUA reforçarem a perspectiva de juros altos por mais tempo e o mercado receber com pessimismo a redução da meta fiscal brasileira para 2025.
|
↪ |
Ibovespa recua com pessimismo renovado em Wall St, mas BRF dispara 10%
15 Abr 2024
Índice encerrou em queda nesta 2ªfeira, seguindo o sinal negativo em Wall Street com pessimismo renovado em torno do momento do primeiro corte de juros nos EUA. IBOV +612,20 125.333,89.
|
↪ |
Dólar fecha acima de R$5,12 e tem forte ganho semanal ainda sob efeito de inflação dos EUA
12 Abr 2024
Em linha com o exterior e no maior patamar em cerca de 6 meses depois que dados de inflação ao consumidor dos EUA minaram apostas de recente afrouxamento monetário do Fed.
|
↪ |
Dólar à vista fecha em alta de 0,24%, a R$5,0908 na venda
11 Abr 2024
Moeda encontrou certo alívio nesta 5ªfeira no anúncio de uma inflação ao produtor mais fraca que o esperado nos EUA, em meio a apostas de que o Fed adiará o início do corte de juros para julho
|
↪ |
Dólar atinge maior valor desde outubro após inflação acima do esperado nos EUA
10 Abr 2024
Com as cotações reagindo aos dados ruins de inflação nos EUA, que ampliaram as apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros apenas depois de junho. DOL COM +0,0720 5,0779.
|
↪ |
Dólar cai pelo 2º dia, a R$ 5,006, antes de dados de inflação; Bolsa sobe
09 Abr 2024
Dólar caiu 0,49% e fechou o dia vendido a R$ 5,006, na segunda sessão seguida de perdas. A moeda americana ainda acumula ganhos de 3,18% frente ao real no ano.
|
↪ |
Dólar à vista fecha em baixa de 0,67%, a R$5,0307 na venda
08 Abr 2024
Sessão marcada por ajustes de preços após as altas recentes no Brasil e pelo recuo da moeda norte-americana também no exterior, em meio ao avanço do minério de ferro no mercado internacional.
|